terça-feira, 26 de outubro de 2010

Não voto PS nem PSD

Vivemos actualmente infelizmente num país de governo desgovernado...
Muitos têm escrito em blogues, fóruns, etc....sem que nada se possa fazer em concreto para contrariar estas tendências de fome e miséria.
Serei eu capaz sozinho de inverter esta morte há muito anunciada? NÃO!!Nem eu, nem ninguém que não seja deputado na assembleia!!!Nem eu nem muitos dos que já escreveram antes de existir este blogue!
Discute-se muito e pouco se faz ou pouco se consegue fazer porque não deixam...
Assim, não existem milagres...sou realista!!
Apenas pretendo mostrar que a nossa única arma é precisamente a democracia que nos rege. Se a ela lhe devemos isso, a ela devemos também recorrer nestes casos de injustiças socio-económicas...
Podemos criticar, escrever, ir à TV, fazer greves, etc...mas se "eles" lá estão é porque foram escolhidos de um mal menor!!!Sim, porque Democracia não é mais do que um mal-menor...
Assim, este blogue apenas pretende reforçar a ideia de que não existem só 2 partidos em Portugal e que...porque não dar oportunidade aos outros?! Não sou comunista...nem PP...nem bloquista...nem verdinho...sou Nacionalista!!
Apenas pretendo saber se existirão outras pessoas em Portugal com coragem de não votar PS nem PSD para dar oportunidade ao meu partido....
Porque para ser feito o que está a ser feito de hoje em dia, não é preciso ser-se muito inteligente!!!
Apelo para que nas próximas eleições se não vote PS nem PSD, para dar oportunidade a outros!!! Sejamos muitos...e mostremos que não queremos mais desta miséria em Portugal!!!
Subscrevo um comentário enviado numa notícia citada num jornal on-line económico que me agradou bastante:
"Neste momento de aflição em que todos temos de dar as mãos e deixar de olhar só para o nosso umbigo, correspondo ao apelo de quem nos governa e de quem apoia quem nos governa, faço pública parte da lista do que o Estado criou e mantém para minha felicidade, e de que de estou disposto a patrioticamente prescindir. Assim:
· Renuncio aos Governos Civis e a boa parte dos institutos públicos criados com o propósito de me servir;
· Renuncio à maior parte das fundações públicas, privadas e àquelas que não se sabe se são públicas se privadas, mas generosamente alimentadas para meu proveito, com dinheiros públicos;
· Renuncio a ter um sector empresarial público com a dimensão própria de uma grande potência, dispensando-me dos benefícios sociais e económicos correspondentes;
· Renuncio ao bem que me faz ver o meu semelhante deslocar-se no máximo conforto de um automóvel de topo de gama pago com as minhas contribuições para o Orçamento do Estado, e nessa medida estou disposto a que se decrete que administradores das empresas públicas, directores e dirigentes dos mais variados níveis de administração, passem a utilizar os meios de transporte que o seu vencimento lhes permite adquirir;
· Renuncio à defesa dos direitos adquiridos e à satisfação que me dá constatar a felicidade daqueles que, trabalhando metade do tempo que eu trabalhei, garantiram há anos uma pensão correspondente a 5 vezes mais do que aquela que eu aufiro ou auferirei quando estiver a cair da tripeça;
· Renuncio ao PRACE e contento-me com uma Administração mais singela, compacta e por isso mais económica, começando por me resignar a que o governo seja composto por metade dos ministros e secretários de estado;
· Renuncio ao direito de saber o que propõem os partidos políticos nas campanhas pagas com milhões e milhões de euros que o Estado transfere para os partidos políticos, conformando-me com a falta de propaganda e satisfazendo-me com a frugalidade da mensagem política honesta, clara e simples;
· Renuncio ao financiamento público dos partidos políticos nos actuais níveis, ainda que isso tenha o custo do empobrecimento desta democracia, na mesma, mesmíssima medida do corte nas transferências;
· Renuncio ao serviço público de televisão e aceito, contrariado, assistir às mesmas sessões de publicidade na RTP, quando estiver nas mãos de um qualquer grupo privado;
· Renuncio a mais submarinos, a mais carros blindados, a mais missões no estrangeiro dos nossos militares, mesmo sabendo que assim se põe em perigo a solidez granítica da nossa independência nacional e o prestígio de Portugal no mundo;
· Renuncio ao sossego que me inspira a produtividade assegurada por mais de 230 deputados na Assembleia da República, estando disposto a sacrificar-me apoiando - com tristeza - a redução para metade dos nossos representantes.
· Renuncio, com enorme relutância, a fazer o percurso Lisboa-Madrid em 3h e 30m, dispondo-me - mesmo que contrariado mas ciente do sacrifício que faço pela Pátria - a fazer pelo ar por metade do custo o mesmo percurso em 1 h e picos, ainda que não em Alta Velocidade.
· Renuncio ao conforto de uma deslocação de 50 km desde minha casa até ao futuro aeroporto de Lisboa para apanhar o avião para Madrid em vez do TGV, apesar da contrariedade que significa ter de levantar voo e aterrar pertinho da minha casa.
· Renuncio a mais auto-estradas, conformando-me, com muito pena, com a reabilitação da rede nacional de estradas ao abandono e lastimando perder a hipótese de mudar de paisagem escolhendo ir para o mesmo destino entre três vias rápidas todas pagas com o meu dinheiro, para além de correr o triste risco de assistir à liquidação da Estradas de Portugal, EP."

domingo, 17 de outubro de 2010

Será que as pessoas perceberam a real dimenção da Crise?

Será que as pessoas percebem a real dimensão da crise quando de facto vai muito para além da área financeira e económica? A maior parte da sociedade já esta em sofrimento de alguma maneira e não há forma de despertar as pessoas para uma consciência mais cedo?
Claro que seria o papel dos nossos lideres, que não temos, seria o papel das nossas forças sócias, que estão mais metidas em jogos de poder que em atitude de serviço, a crise toca muito mais fundo, e terá consequências muito mais graves, precisamente porque como diz Camões “ Fraco Rei faz Fraca Forte gente”, nós temos uma falta desesperante de lideres e temos uma sociedade montada numa espécie de Sebastianismo, nós sempre fomos messiânicos, neste sentido sempre esperamos a salvação que vem de fora, a salvação que há-de vir de algum lugar, um Dº Sebastião que vai chegar e que à ultima hora vai resolver tudo. Os nossos últimos Sebastiões não têm resolvido nada. Que pena que a Islândia não faça escola, porque acaba de citar o 1º Ministro a tribunal. Não há responsabilização politica e o que nós temos nos nossos lideres políticos são simplesmente jogos de poder jogos de influencia em que o nosso povo uma vez mais, e ai a atracão é maior, uma vez mais aceita porque em nome da defesa do povo, da defesa do direito dos trabalhadores, vamos ouvindo grandes discursos inflamados, estamos sempre assistir a jogos de poder que não vão resolver a vida dos pobres, que não vão sobretudo criar aquilo que urgente criar no sentido da solidariedade, no sentido de coesão nacional, o que se apela é sempre à fractura e só á explosão social, a crise quer dizer isso mesmo um momento de ruptura é um momento de quebra de começar a sonhar espaços novos, nos estamos a enfrentar desafios novos com soluções velhas, estamos a enfrentar situações terrivelmente complicadas e tentamos resolver os problemas com os mesmos profissionais da politica que nos trouxeram até aqui, seria este o tempo de despedirmos os políticos profissionais para colocarmos profissionais na politica. É desesperante ouvir o discurso de um deputado no Hospital de Penafiel, quando ele diz que os políticos são os que mais sofrem com o corte de 5%, isso é vergonhoso, não temos líderes em Portugal, não temos gente capas de galvanizar para um projecto de construção social, para um projecto de construção de consciência comunitária da vida.

A verdade é que os portugueses se habituaram a aceitar a ideia de que a crise vem de fora e que nós não temos culpa dela e depois que o sebastianismo ou esse Sebastião podem ser os apoios que o estado vai dar as pessoas que perderam capacidade de iniciativa vontade de iniciativa, e energia, que povo e esse? É uma deseducação o que assenta perfumadamente num tipo de cultura que é tipicamente nossa é o nosso “podia ser pior”
O caminho é só para a frente, para a frente e sempre a subir, infelizmente! O que está em causa seria construir um projecto social diferente, temos demasiados denunciadores e os anunciantes que temos mentem, quer falem português ou estrangeiro.
Esta vergonha do nosso primeiro-ministro cismar em falar Inglês lá fora, ele tem que falar português, é um desastre e, nós mandamo-lo limpinho com um fato feito no mesmo alfaiate dos senhores do poder em Angola e depois põe-se a falar daquele jeito.
Passamos imagens terríveis. Passamos imagens de uma classe política que não se respeita a si própria, que desrespeita o pais e que nos deixa internacionalmente numa situação muito mal vista. O segredo terá que ser outro, o caminho tem de ser outro, de construção de uma consciência social, de uma consciência colectiva, de co-responsabilidade social. Eu não posso ser “não perguntes ao teu pais o que pode fazer por ti, pergunta-te a ti próprio o que podes fazer pelo teu pais”.
Nós temos esta cultura o de alguém há-de resolver, a solução há-de vir de fora. Eu não posso fazer nada para mudar o meu destino.
Então eu sou assim e metido numa situação dum pais com nível baixíssimo
Estamos outra vez com essa mentira das novas oportunidades. Oportunidades de quê? De coisa nenhuma! Vamos dar um canudo às pessoas mas não vamos construir uma consciência cultural, consciência social, vamos continuar e esta é outra das nossas desgraças nacionais, nós vivemos na cultura dos penachos e das peneiras e dos títulos, nós perdemos o nome de baptismo passamos a ser Senhores Doutores Senhores Engenheiros e depois sabemos como alguns diplomas se conseguem, vivemos para a fachada.

Neste momento se Bordalo Pinheiro fosse vivo, a fotografia que ele faria do nosso pais seria de uma barraca de um bairro de lata com um submarino estacionado á porta, nós somos o povo das barracas com antena parabólica no telhado. Neste momento temos o país a cair de podre mas temos um submarino lindíssimo para as visitas verem, porque se calhar nem sequer temos fundos para o por a navegar.
O momento, este seria o momento não da aparição de nenhum messias, mas aparição de gente capaz de formar opinião, gente capaz de formar consciência, gente capaz de gritar que o rei vai nu por muito engravatado que esteja, gritar que é tempo de mudar, e mudar as estruturas podres que nos conduziram ate aqui.
Sempre que se põem em discussão algumas das garantias que o estado criou as pessoas assustam-se. De facto não sentem alternativa e evitam essa discussão, houve excesso de garantismo, excesso de facilitismo e o facilitismo começa desde o jardim de infância. Nós estamos a assistir á construção de uma devacle , uma devacle nacional. Nós estamos a montar uma escola, e teoricamente por ironia estupidez , é possível chegar ao fim entrar na universidade sem saber ler e escrever quase, estamos a mentir ás pessoas não estamos a dar um futuro aos nossos jovens, pior que isso, estamos a construir uma sociedade montada na fachada. Temos um governo que vive de fachada, temos um primeiro-ministro que parece Alice no pais das maravilhas, ele fala de um pais que não é o nosso. De facto vivemos para o penacho vivemos para o exterior. Estamos a construir e estamos a formar ou a deformar gerações que vão ser o futuro desta nossa terra que estão a crescer sem bases que estão a crescer sem valores que estão a crescer dentro de uma sociedade que esta montada no ter pelo ter que deixou e esqueceu o ser pelo ser, o ser pelo outro e o ser com o outro. Eu tenho que ter coisas a família está montada para ter num tempo e numa estrutura social e económica que não existe.
Nós estamos e vamos pagar facturas altíssimas!
Nós estamos a pagar uma factura tremendamente pesada, nós estamos a criar gerações de monstros, nós estamos a criar gerações de jovens sem memória estamos a criar gerações de gente sem história. E quando a memória e a história não se encontram nós temos os cataclismos sociais.
As nossas crianças desde os três meses estão no berçário, nos infantários, na escola, tem de estar porque os pais precisam desesperadamente de ter dois ou três empregos para sobreviver, os nossos velhos não tem espaço em casa porque se tiver o avo lá em casa tem de ir o frigorífico para a varanda e os nossos velhos estão nos depósitos de velhos. Reparem que a história dos novos e a memória dos velhos não se encontram.
As crianças não tem avós as crianças não tem sequer pais e o pai e a mãe tem de trabalhar desesperadamente 25 horas por dia se for preciso. É esta estrutura por dentro que precisa de mudar. É a partir da base de e a partir da educação.
Nós estamos a pagar outra das facturas grandes e são tantas que temos que pagar que foi o peneirismo nacional que entrou a seguir ao PREC e que resolveu acabar com as escolas profissionais as escolas comerciais desapareceram, as escolas industriais, desapareceram os técnicos, não somos técnicos de coisa nenhuma. Hoje um jovem sai do liceu não sabe fazer rigorosamente nada, temos a brincadeira dos cursos técnico-profissionais que são mais fachada se calhar do que eu outra coisa e temos uma população inteira de gente desclassificada, nós somos os limpadores do mundo os portugueses quando vão para a emigração continuam a ser limpadores do mundo, continuam a despejar os caixotes do lixo da Europa e da América do norte, não temos formação para mais é tempo de deixar de discutir trocos continuamente a perder tempo a discutir trocos, perdemos tempo a discutir jogos de poder é tempo da vergonha dos nossos políticos é o tempo de vergonha da falta de liderança na nossa terra.
Não temos Líderes não temos gente capaz de criar uma consciência nacional, temos vergonha da nossa historia, meteram-nos na cabeça que era pecado termos a historia que temos, temos vergonha da nossa historia crescemos colectivamente sem memoria e o destino se calhar é sermos comandados pela senhora Merkel 
Estamos a comemorar os 100 anos da Republica e se formos ver à historia os problemas que os republicanos discutiam naquele tempo, a divida do estado o problema da educação são os mesmo que temos agora porque nos recusamos a fazer memoria na historia, um povo que esquece a sua historia que não faz memoria da historia repete os mesmos erros e nós estamos ironicamente um século depois a reviver o que os nossos antepassados viveram no tempo da 1ª republica que nasce de um sonho lindo, nasce num banho de sangue infelizmente, mas nasce de um sonho bonito e de repente acorda-se num pesadelo. Acordamos e despertamos felizes e contentes com a alvorada do 25 de Abril e se calhar despertamos no pesadelo que foi o dia 26 a devaque e o cataclismo que foi a descolonização, tudo aquilo que nos aconteceu em termos nacionais neste povo que tem capacidade de lutar, tem fibra para lutar, tem coração, somos gente com coração, falta-nos de facto o líder.
Temos sentado no poder gente peneirenta da esquerda à direita, continuamos atavicamente estupidamente a pensar em critérios políticos de direita de esquerda, isto já não existe, está podre, acabem com isso, é ridículo é folclore, não temos dinheiro para mandar cantar um cego, mas temos a barra com o submarino estacionado à porta brilhante!

sábado, 16 de outubro de 2010

Sejam bem vindos!

Como diz Gandhi “Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova”, por isso memo criei este blogue para que quem quiser ajudar a que possamos progredir e fazer uma história nova possam colaborar. Estamos a viver momentos difíceis e as pessoas que temos para os resolver são as mesmas que os provocaram. Esta na hora de termos a coragem de gritar que chega, que é tempo de mudar o rumo da história. Por isso todos são bem vindos a este blogue para que contribuam com algo para que possamos fazer uma história nova.